Procedimentos estéticos, “resultado desarmonioso” e a proteção jurídica dos Médicos depois da recente decisão do Superior Tribunal de Justiça

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Recentemente, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) teve grande repercussão: em cirurgias plásticas estéticas, caso o resultado seja “desarmonioso” segundo o “senso comum”, presume-se culpa do Médico. Ainda que não haja erro técnico, o profissional deverá provar a causa do fator imprevisível.

 

Ocorre que, o conceito de resultado “desarmonioso” e “senso comum” na estética é altamente subjetivo, porque os padrões estéticos variam entre culturas, épocas e até preferências individuais.

 

Esse novo posicionamento aumenta o risco jurídico para os Médicos que atuam com estética e (mais do que nunca) evidencia a necessidade de prevenção jurídica especializada na rotina da clínica. Não basta ser excelente tecnicamente. É essencial estar juridicamente preparado.

 

A primeira e mais eficaz forma de proteção é a documentação personalizada. Prontuários, termos de consentimento, contratos de prestação de serviços, planos de tratamento devem ser bem redigidos, objetivos e com linguagem acessível. Esses documentos são provas essenciais em caso de judicialização.

 

Além disso, a atuação de um jurídico especializado em Direito Médico permite que toda a estrutura do atendimento seja pensada estrategicamente: desde o agendamento da consulta, a anamnese, a documentação fotográfica, até o pós-operatório. Tudo isso com foco em segurança jurídica, melhor experiência e profissionalismo.

 

É fundamental que o Médico compreenda que a estética lida com expectativas emocionais. Onde há expectativa frustrada, há alto risco de conflito. Portanto, proteger juridicamente a sua atuação profissional (comunicação eficaz e documentos válidos) é uma medida de inteligência e sustentabilidade na carreira.

 

A decisão do STJ não é um convite ao medo, mas sim um alerta à necessidade de gestão consciente e atuação preventiva. O cenário atual exige que o Médico não apenas domine sua técnica, mas também esteja protegido contra interpretações subjetivas do resultado de seu trabalho.

 

Por isso, contar com uma assessoria jurídica especializada em Direito Médico é indispensável. Mais do que evitar riscos, ela garante respaldo, segurança e profissionalismo em cada etapa da sua prática estética.

Isabele Cartaxo Sócia do escritório RWPV Advogados Titular da área de Direito Médico e Negócios Empresariais Especialista em Direito Societário e Negócios Empresariais (UNIFOR) Curadora da Especialização em Direito Médico e Bioética da (UNIFOR) Vice-presidente da Comissão da Saúde e Direito Médico da OAB/CE @isabelecartaxo

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