O hospital de caridade, mais tarde, Santa Casa

Em 1915 passa do controle do Estado para o do Arcebispo de Fortaleza. O edifício é reformado em 1920 (Projeto do arquiteto italiano P. Fiorillo), sendo-lhes agregado mais um andar, e fachadas com características neo-clássicas, as quais são mantidas até hoje.

 

Em 1925, a Santa Casa firmou-se como um hospital de alta tecnologia, foi o pioneiro no estado na introdução do serviço de radiologia ao inaugurar no dia 29 de junho de 1925 o primeiro aparelho de Raios X. Pelo espaço de 4 anos funcionou na Santa Casa o primeiro serviço de urgência de Fortaleza, quando em setembro de 1937 foi inaugurado o Pronto Socorro Dr. José Ribeiro Frota.

 

Em 1961, Santa Casa de Fortaleza completou 100 anos e contava então com 300 letos e tornando-se um hospital de grande porte. As injeções de morfina e as contenções ativas foram substituídas por anestesias locais e tronculares, seguidas, após, das primeiras anestesias gerais a base de clorofórmio e éter em máscara aberta ou com a célebre Máscara de Ombredane. Em compasso com esta “modernização” surgiu os primeiros autoclaves e máquinas de lavar industrial.

 

Em março de 1971 foi inaugurado um moderno centro cirúrgico composto de oito salas. Em pouco tempo a Santa Casa tornou-se o hospital a realizar o maior número de cirurgias de todo o Ceará. Os anos 80 foram marcados pela integração do hospital ao Sistema Único de Saúde – SUS.

 

Curiosidades:

O Dr. Joaquim Antônio Ribeiro foi o primeiro médico nomeado para trabalhar na Santa Casa, em 12 de março de 1861. Formado em medicina pela Universidade de Harvard, Cambridge, na Inglaterra em 1853, foi o autor do “Manual das Parteiras”.

A Santa Casa esteve sempre ameaçada de ceder lugar ao Liceu a ser fundado, ora a Biblioteca Pública, que não tinha ainda uma sede. Porém ano de 1851 ocorreu uma grande epidemia de febre amarela. Sendo precário o estado sanitário de Fortaleza, embora anda não estivesse concluída a construção, foram abertas duas enfermarias da Santa Casa aos doentes mais carentes, que logo ficaram lotadas.

 

A Santa Casa foi construída inicialmente com recursos públicos fornecidos à Província para resolver os problemas advindos da última epidemia de febre amarela. O funcionamento da Santa Casa não era prioritário, sendo o funcionamento da Biblioteca e do Liceu priorizados no momento, devido a uma pressão da intelectualidade e das famílias abastadas que desejavam ver seus filhos estudando em Fortaleza e não mais se deslocando para outras regiões, principalmente Pernambuco e Bahia, como ocorria até então.

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