Reconstruindo a felicidade: navegando na vida pós-divórcio

Acreditar no “Felizes Para Sempre” está cada vez mais difícil, afinal, o divórcio é uma realidade dos dias atuais. Mesmo que hoje seja tratado com mais naturalidade, isso não torna o processo menos doloroso. Estar se divorciando é uma situação bastante desagradável, tornando difícil, em muitos casos, a retomada da vida.

 

Imagine compartilhar com uma mesma pessoa vivências, planos. Dividir uma casa e construir uma família é o que se espera ao começar um relacionamento. Ninguém se relaciona com expectativas de que tenha um fim.

 

É compreensível que, diante de tanto investimento emocional, de tempo e financeiro, a capacidade de seguir em frente seja afetada por frustração, raiva, culpa, desilusão e ansiedade. Trata-se de um momento com inúmeras perdas, de amigos, das relações familiares, dos planos, da rotina diária, da segurança financeira e até da própria identidade.

 

Se você idealizou uma vida ao lado de alguém e agora está passando por uma separação conjugal, pode ser que esteja se sentindo um fracasso. Pior, pode ser que esteja tentando fingir que não está sentindo nada, que deve “ser forte”, principalmente se há filhos envolvidos. Porém, evitar sentir suas emoções dificulta ainda mais o processo de reconstrução da própria vida.

 

É importante que você dê vazão a essas emoções, sentindo o luto pelo fim desse relacionamento. Permita-se chorar, refletir, dar um tempo para poder recomeçar. A reorganização emocional precisa de tempo e esforço, mesmo que surjam tantas incertezas sobre o futuro. Felizmente, ao mesmo tempo que uma fase da vida se encerra, outra pode recomeçar.

 

Estar próximo(a) de quem você ama, manter-se ocupado(a), criar uma rotina diferente, cultivar novas relações e realizar práticas de autocuidado (atividades físicas, meditações, espiritualidade, cuidar da própria aparência) podem ser ótimas estratégias para esse momento desafiador.

 

Mas é fundamental não desconsiderar a necessidade de ajuda profissional. A psicoterapia individual pode melhorar da sua autoestima, ajudar na compreensão dos fatos que levaram ao divórcio, motivar para seguir e fortalecer os momentos de fragilidade emocional. Esses benefícios, e muitos outros, são essenciais para que a pessoa recém-divorciada possa se reorganizar e ressignificar o relacionamento que se encerrou.

 

Marina Bezerra de Menezes Assunção - CRP 11/14361 Psicóloga Formada pela Universidade de Fortaleza Pós Graduada em Terapia Cognitivo Comportamental Atuante na Prática Clínica Psicológica desde 2019 @marinabezerrapsi

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